O novo plano alimentar sugerido pelo Governo chinês, que visa uma redução de mil milhões de toneladas de emissões poluentes, merece elogios dos ambientalistas.
A manter-se o ritmo de consumo, a China poderá chegar a uma média de 93 quilos de carne por pessoa em 2030 DANIEL MIHAILESCU/AFP
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O Governo chinês lançou um novo plano alimentar para reduzir o consumo de carne para metade. A medida está a ser amplamente elogiada pelos ambientalistas, que esperam ver resultados na redução do efeito de estufa. Desenhado pelo Ministério de Saúde chinês (que o revê a cada dez anos), o novo guia de alimentação recomenda o consumo diário de 40 gramas a 75 gramas de carne. Caso estas recomendações sejam seguidas, as emissões podem ser reduzidas em mil milhões de toneladas até 2030, uma vez que grande parte das emissões poluentes é causada pelo gado bovino e suíno.
Globalmente, a produção de gado é responsável por 14,5% do total de emissões de gases poluentes, mais do que todo o sector dos transportes. O principal responsável nesta equação é o metano, um dos gases responsáveis pelo efeito de estufa. Ora, em média, cada vaca produz até 500 litros de gás metano por dia. A estas emissões acrescem as de dióxido de carbono causadas pelo recurso a fertilizantes. Num país com 1,4 mil milhões de habitantes, e onde a sugestão para o consumo de carne rondava até agora uma média de 115 gramas por dia, a mudança de hábitos alimentares pode representar um grande impacto no ambiente.
fonte: http://diarioagrario.blogspot.pt/2016/06/china-quer-cortar-no-consumo-de-carne.html